quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O voo Azul

Após assistir a brilhante palestra “marketeira” do Sr. Adalberto Febeliano, Diretor de Relações Institucionais da Azul Linhas Aéreas, fiquei em dúvida entre render-me em mesuras ao novo “Ovo de Colombo” da navegação, agora aérea, ou espraguejar ante a burrice provinciana de nossos empresários tupiniquins.
Ao receber R$ 50,00 de crédito para minha próxima viagem, me senti em um auditório onde estavam sendo jogados bacalhaus (aos mais novos que não conhecem Chacrinha, minhas desculpas), mas que, mesmo para um auditório popular, achei simplório demais que após a quebra das (muito) antigas Vasp, Transbrasil, Varig, das dificuldades das (menos) antigas Pantanal, BRA, OceanAir, e do não pouco atribulado e desconfortável viajar pela TAM e GOL pelos desconfortavéis céus e aeroportos brasileiros tão sujeitos a apagões e descontroles, nos fossem apresentados dados e projeções de um mercado tão promissor, com uma demanda tão reprimida, e tão fácil de satisfazer por uma inteligência de mercado que por sua simplicidade, me choca que um camelô não a tenha descoberto.
Parece-me tão inacreditável, que um mercado tão óbvio, segundo o palestrante, só tenha sido enxergado por uma empresa externa que para começar a operar, arrendou as duas primeiras aeronaves de sua “mãe” nos EUA, fez sua primeira encomenda (financiada) de aeronaves de uma empresa local, que a seu ver, e de nenhuma outra de seu gênero, tinha os equipamentos ideais para o tráfego nacional e cujo capital de U$ 200 milhões vindo dos EUA, poderia ter sido captado junto a algum fundo de “Venture Capital”, seduzido pelos dados e projeções que encantaram a mim e aos demais presentes.

Abro aqui espaço para opinião de nossos colegas universitários. O que faltou para que empresários locais, das empresas mais antigas, enxergassem o mercado de transporte aéreo brasileiro, tão atraente e promissor como o agora apresentado?

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